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BOLETIM #01 | 02/05

boletim 01 Mapa-Indigenas.ContraCovid_Pr
Pernambuco registra o primeiro óbito de um indígena pela Covid-19, ainda tem outros quatro casos

​Temos acompanhado, a partir das nossas casas, a materialização da pandemia em nosso estado. Os dois primeiros casos positivos para Covid-19 em Pernambuco foram confirmados no dia 12 de março deste ano. As semanas seguintes nos atestaram o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) vinha indicando: a velocidade e capacidade de devastação do coronavírus. Em menos de um mês, no dia 25, foi registrada a primeira morte, na capital pernambucana. Hoje, quase dois meses depois, já são 7.334 casos e 603 óbitos, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco de 01/05.

Nesse tempo também acompanhamos de forma alarmada sua chegada nas áreas indígenas pelo Brasil e, infelizmente, as primeiras mortes. Já são 103 casos confirmamos e 17 óbitos, segundo dados da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

No nosso estado, na segunda quinzena de abril começaram a se multiplicar os casos da Covid-19 nos municípios em que as terras indígenas estão inseridas. O vírus saiu da capital e seguiu para o interior, tendo como principal rota a BR 232, que dá acesso para cidades de médio porte no nosso estado. Daí seguiu para os munícios menores.

 

​Nesse percurso chegou às aldeias, tendo o primeiro óbito ocorrido com um indígena Fulni-ô, no dia 23/04, confirmado positivo para Covid-19 apenas no dia 01/05, segundo a a Secretaria de Saúde de Águas Belas. Há ainda mais três casos confirmados pela Sesai no estado: um Pankararu e dois Atikum. Por fim, os indígenas ainda contabilizaram mais uma jovem Xukuru, que está com suspeita

 

Para combater a chegada do covid-19 em seus territórios os povos indígenas criaram barreiras sanitárias nas vias de acesso às aldeias antes mesmo dos primeiros casos confirmados. Há, entretanto, uma série de entraves para a manutenção das mesmas, que vão desde o elevado número de vias de acesso ao território e a proximidade dos centros urbanos, até a falta de itens de higiene pessoal (álcool em gel, álcool 70º- e sabão) e de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s).

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